Nossa História

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“Cinderella”, em 1998

O Grupo Ars-Cenika foi fundado na sexta-feira, 19 de junho de 1998, no antigo Centro Educacional Atual. Naquele ano, o grupo, com iniciantes, montou uma adaptação própria de Cinderella (de Charles Perrault). A montagem marcou o início do grupo e criou as bases para os anos que viriam a seguir. Esta montagem de Cinderella foi apresentada no FETEG (Festival de Teatro do Estudante Guaçuano) de 1998.

Em 1999 a escola passou a ser denominada Colégio César Lattes – sistema COC de ensino. Naquele ano o grupo se dividiu. Embora ainda estivesse fazendo um trabalho de base com seus jovens atores (que montaram “A Rebelião da Pontuação”, adaptação do texto homônimo de William Tucci), dois atores aceitaram o desafio de montar o espetáculo “Foi Ela que Começou, Foi Ele que Começou”, de Toni Brandão. Foi ela… foi o espetáculo vencedor do XVI FETEG, de 1999 e Leonardo Dionísio de Barros e Taís Marineli ainda levaram os premios de Melhor Ator e Melhor Atriz do festival. A peça ainda seguiu carreira, sendo classificada para a fase regional do Mapa Cultural Paulista de 1999, sendo apresentada em Mococa-SP. Léo e Taís ainda foram convidados por um membro do júri de 1999 para fazer uma apresentação especial no festival de inverno de Serra Negra-SP. A peça foi ainda, o segundo espetáculo apresentado no recém inaugurado Teatro Municipal Tupec, de Mogi Guaçu, no dia 26 de junho de 2000.

Alunos conhecendo o autor do espetáculo “Foi Ela que Começou, Foi Ele que Começou”, Tony Brandão, em 1999
Foto: Ton Rodrigues

Com o grupo já atingindo certa maturidade, 14 atores assumiram, no ano 2000, o palco, montando o espetáculo “A Menina e o Vento”, de Maria Clara Machado.

2001 foi o ano de uma memorável montagem de “Tribobó City”, de Maria Clara Machado. A montagem estreou no FETEG daquele ano e foi apresentada mais 9 vezes para alunos da rede municipal de ensino.

Em 2002, o grupo montou o “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, para o XIX Feteg, realizado como mostra de teatro.

Finalmente, em 2003, o grupo se dividiu novamente entre um grupo de formação de atores, montando “A Bruxinha que era Boa”, de Maria Clara Machado e o grupo que se despedia da maioria dos remanecentes do grupo de 1999, com “Aprendiz de Feiticeiro”, também de Maria Clara Machado.

No ano seguinte o grupo fez um trabalho de reciclagem, desenvolvendo-se tecnicamente, montando apenas esquetes teatrais que foram apresentadas no próprio Colégio.

O resultado desse “ano sabático” foi a montagem de 3 espetáculos para o XXII FETEG: “O Fantástico Mistério de Feiuirinha”, de Pedro Bandeira; “A Gente que Ia Buscar o Dia”, de Edy Lima; e “A História é uma Istória”, de Millôr Fernandes.

“Tribobó City”, em 22 de março de 2002 – apresentações gratuitas para escolas da rede municipal.

Cena final de “O Amor Está no Ar”

Em 2006 o grupo participou do XXIII FETEG com dois espetáculos: “Chapeuzinho Vermelho”, de Maria Clara Machado e “Lisbela e o Prisioneiro” de Osman Lins. No ano seguinte, 2007, a inovação ficou por conta do primeiro texto escrito especialmente para o grupo e pelo grupo. Uma grande pesquisa e 57 horas de trabalho foram necessárias para que o texto, que ficou pronto em junho de 2007 pudesse ser levado para o palco. O Espetáculo, entitulado “O Amor Está no Ar” também inovou com sua trilha sonora feita quase em sua totalidade ao vivo.

Com a chegada de 2008, o ano em que o grupo completou 10 anos, foi o momento de escrever de novo, não uma colagem, mas um texto do zero. ZYK-980 contou a história de uma emissora de rádio AM na década de 80. A história começa no dia da derrota da Seleção Brasileira para a Itália na copa de 1982 até a vitória contra a  mesma Itália, em 1994. Tendo como pano de fundo a campanha das Diretas, a peça usou a rádio como vitrine dessa época.

Em 2009 o grupo montou novamente Tribobó City, de Maria Clara Machado, novamente. Era desejo dos alunos revisitarem um espetáculo que deu tantas alegrias à nossa escola.

Com uma colagem estruturada por Alfredo Barzon, no ano seguinte o grupo realizou o texto chamado “De como João Cabral de Melo Neto e Gonzaguinha respondem ao jovem Hamlet”, que falou sobre o valor da vida à sombra da morte.

Com um grande crescimento, chegando a atingir 62 componentes, houve, em 2011 a necessidade de novamente separar o grupo em dois espetáculos. Foram remontados o “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna e “A Menina e o Vento”, de Maria Clara Machado. 

Gravação de “A Quarta Cabine”, em 2011

Em 2011 o grupo teatral iniciou também um projeto de vídeo com a bem sucedida produção de “A Quarta Cabine”, com roteiro escrito por componentes do grupo, sobre a lenda da loira do banheiro.
Em 2012 o grupo continuou separado em duas equipes e reeditou três espetáculos montados anteriormente: “Foi Ela que Começou, Foi Ele que Começou”, de Toni Brandão, “O Amor Está no Ar”, a mesma colagem escrita pelo grupo de 2007 e ainda, sob a direção dos alunos Lucas Enoki Castilho de Paiva e Jonnas Lima Patrício, “A História é uma Istória”, de Millôr Fernandes.

Como uma forma de mudar um pouco o ritmo e a linguagem do Ars-Cenika, em 2013 foi feita a opção por um texto mais denso, “Bailei na Curva” de Júlio Conte. O texto conta a história de um grupo de crianças crescendo e amadurecendo durante o período militar.

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“Bailei na Curva”, em 2013

Dois espetáculos foram montados em 2014, um infantil, “O Fantástico Mistério de Feiurinha”, de autoria de Pedro Bandeira e uma colagem de Alfredo Barzon e da aluna Milena Monteiro com colaboração dos alunos Ana Luísa Zanco Barzon, Thaís Quirino Pimentel, Rafael Antunes Fidelis e Pedro Lealdini do Prado Borges: “Pecado” uma divertida exposição de textos que teve como fio condutor os sete pecados capitais.

Para 2015 o grupo decidiu revisitar novamente “Tribobó City”, de Maria Clara Machado, porém com uma nova liguagem, um grande cenário com dois pavimentos e elenco ampliado.

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“Tribobó City”, o bang-bang infato-juvenil de Maria Clara Machado, em 2015

Em 2016 o texto “De como João Cabral de Melo Neto e Gonzaguinha respondem ao jovem Hamlet” retornou com modificações nos textos, com linguagem cenográfica, concepção renovadas e também um novo título: “Sobre Vida e Morte”.

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Parte do elenco de “Sobre Vida e Morte” no camarim do Teatro Tupec em 2016

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“Sete minutos”, em 2017

“Sete Minutos”, de Antonio Fagundes e “Cuidado, Garoto Apaixonado”, de Toni Brandão foram os espetáculos escolhidos para renovar o repertório do grupo em 2017 e inaugurar uma tendência a não realizar montagens de textos já montados anteriormente.

No ano de 2018, com a fusão entre escolas, o Grupo de Teatro Estudantil Ars-Cênica passou a dar continuidade às suas atividades no Colégio Integrado São Francisco, uma nova casa que abraçou o projeto e deu as melhores condições para o grupo ensaiar e produzir suas peças teatrais. Nesta oportunidade novos integrantes se uniram ao elenco para a produção de duas montagens. Seguindo com a tendência de não repetir espetáculos, a montagem de “O Homem do Princípio ao Fim”, de Millôr Fernandes e “Histórias Bem Brasileiras”, com adaptações de textos de Ana Maria Machado e Gabriela Rabelo, foram os dois primeiros espetáculos nesta nova fase.

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“Severino Faz Chover” em “Histórias Bem Brasileiras” , em 2018

Em 2019, com um elenco de 37 alunos, “O Amor Está no Ar” voltou ao palco em versão bem diferente da apresentada em 2007 e 2012. O espetáculo com 2h38, um dos mais longos do grupo, trouxe nessa versão duas sequências novas, uma sobre o amor no cinema e outra que buscou uma reflexão sobre violência em relacionamentos.

 

Em 2020 deu-se início a produção de “A Fada que Tinha Ideias”, de Fernanda Lopes de de Almeida. Três semanas após o início das atividades aconteceu o lockdown, o confinamento em razão da pandemia da Covid-19. As atividades não foram suspensas. Os trabalhos de mesa (aulas, leituras de texto, pesquisas, definições de adereços, maquiagem, cenários etc) continuaram via Internet, exceto nos períodos de férias dos alunos, só reiniciando os ensaios presenciais, seguindo os protocolos de segurança vigentes em 9 de agosto de 2021. Os ensaios durariam ainda até outubro de 2022, quando o texto enfim foi apresentado, no XXXVII FETEG. 

“A Fada que Tinha Ideias” – 2022 (Foto: Emerson Araújo)

Com a parada provocada pela Covid o Ars-Cenika sofreu uma intensa renovação em seu elenco. Muitos atores e atrizes foram se desligando do grupo enquanto novos alunos começaram a fazer parte. Embora o trabalho de manutenção do grupo tenha sido feito durante toda a pandemia, o elenco só foi totalmente definido em maio de 2022, com a entrada da última integrante. Para que os alunos, principalmente os novatos, chegassem com ritmo para apresentação, em paralelo foram montadas três esquetes teatrais. “Sapo que vira Rei que vira Sapo”, ainda no final do segundo semestre de 2021, apresentada na quadra do Colégio em separado para as classes, por causa dos protocolos sanitários, o que proporcionou aos alunos apresentar a esquete de 20 minutos 9 vezes no mesmo dia; “João e Maria”, apresentada para as classes do Colégio da mesma forma, totalizando 6 apresentações; e “Dando um Tempo”, apresentada em abril, em uma das Terças de Palco Aberto, promovidas pela Secretaria de Cultura do município.

Dando um Tempo – 2021

Alunos do Ensino Fundamental com o elenco de Sapo que Vira Rei que Vira Sapo, na quadra do Colégio após a última apresentação da esquete, em 2021

O Ars-Cenika é um grupo de teatro estudantil que completou 25 anos em 2023 e que tem por objetivo o crescimento pessoal e intelectual do aluno, buscando atuar na formação de indivíduos críticos e pensantes. Não existem fins lucrativos ou comerciais. As atividades valorizam os meios, o “fazer”. As apresentações dos espetáculos são as oportunidades de mostrar o resultado desse processo e as premiações não são o objetivo, mas consequências desse trabalho e do empenho dos alunos do Colégio Integrado São Francisco – COC-Plataforma de Ensino – Mogi Guaçu.